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Brasil mata 1 boi, 1 porco e 185 frangos por segundo


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Junte-se às pessoas que estão tentando mudar esta realidade: seja vegana(o).
Se você consome carnes, laticínios (queijo, leite etc.), ovos ou qualquer outro produto de origem animal, você é responsável direto por estes números. 

Em março de 2013, baseados em informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicamos uma matéria alarmante: “Brasil mata 1 boi, 1 porco e 166 frangos por segundo” (leia aqui). Infelizmente, o massacre conseguiu um novo recorde.

De acordo com dados publicados pelo IBGE nesta quinta-feira (19), o Brasil obteve um recorde histórico no assassinato de bovinos (leia aqui). Na soma dos abates do 2º trimestre de 2013 (abril, maio e junho), 8,5 milhões de bois e vacas perderam suas vidas para a indústria da carne e dos laticínios. Embora o agronegócio esteja em festa com a notícia do desempenho histórico de nossas “fábricas de desmontagem de vidas”, é importante lembrarmos que cada um destes animais sofreu de uma forma que somos incapazes de imaginar.

O abate de porcos também aumentou. Quase 9 milhões de animais foram assassinados no período mencionado acima. Os suínos são considerados os animais mais inteligentes já domesticados pelo homem (leia aqui), o que nos faz acreditar que a noção do que está acontecendo com seus semelhantes é apurada. Além do sofrimento físico a que estes animais são submetidos, a perturbação psicológica é algo que deve ser considerado, uma vez que a definição de sofrimento não inclui apenas dor.

Além dos bovinos e suínos, o IBGE analisa o abate de aves (frangos). Em apenas 3 meses, 1,4 bilhão destes animais tiveram suas gargantas cortadas legalmente em nosso país.

Depois de passarem o começo de suas vidas sofrendo em barracões superlotadas, os frangos criados para o abate são transportados em caminhões para os matadouros. Ao chegarem, são colocados em uma esteira e depois pendurados de cabeça para baixo em ganchos. Um a um são mergulhados em água com corrente elétrica, em um processo chamado de eletronarcose. Este processo atordoa a ave mas não mata. Isso porque, a seguir, quando um funcionário corta a garganta do animal com uma faca, é preciso que o coração esteja batendo forte para que seja eficiente o processo da sangria, onde mais de 90% do sangue é expulso do corpo da ave pelo corte feito na garganta.

Uma curiosidade macabra: algumas indústrias diminuem a tensão da corrente elétrica da água durante a eletronarcose para que as aves não fiquem tão atordoadas, facilitando assim a expulsão do sangue no passo seguinte, a sangria.

A Lei Federal 9.605 (leia aqui), de 12 de fevereiro de 1998, conhecida como  a “Lei de Crimes Ambientais”, é também a mais usada Lei para defender os animais. Em seu artigo 32, ela é bem clara:

Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:

Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.

§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.

§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.

Porém, em seu artigo 37, ela dá um passo atrás:

Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando realizado:

I – em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família;

II – para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, desde que legal e expressamente autorizado pela autoridade competente;

III – (VETADO) [Este inciso falava sobre matar o animais em legítima defesa, leia o veto aqui]

IV – por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente.

Ao menos nesta Lei, não existe nada que indique que a atuação de matadouros é legal. De qualquer forma, todos nós brasileiros seguimos contribuindo para que este tipo de atividade cresça ainda mais, já que boa parte dos impostos recolhidos é repassada para grandes empresas privadas da indústria da carne através do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

A única forma eficaz de mostrarmos que somos contra este comércio de vidas é o boicote a produtos provenientes de sofrimento animal. Seja vegana(o): www.sejavegano.com.br.

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