Histórico: Corte Internacional da ONU ordena que Japão pare a caça às baleias
Ativistas do mundo todo comemoram a decisão.
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Na última segunda-feira (31), o principal órgão jurídico da ONU, a Corte Internacional de Justiça, reconheceu que o programa japonês dito científico para caçar baleias nada mais era que caça comercial disfarçada. Desde 1982, a Comissão Internacional da Baleia (CIB) autoriza a caça apenas para fins de estudos científicos e não para comercialização da carne dos animais.
Desde então, o Japão dizia realizar a caça para um programa de estudo de espécies. O programa japonês foi sistematicamente denunciado pela ONG Sea Shepherd, conhecida por enviar navios às àguas da Antártida todos os anos para tentar impedir as ações japonesas. Ao final da reunião realizada na Holanda, a decisão da Corte Internacional de Justiça repercutiu imediatamente nos principais veículos de notícias do mundo.
O brasileiro George Guimarães, nutricionista e ativista vegano, que esteve à bordo de um dos navios da Sea Shepherd entre 2010 e 2011 ajudando na luta contra a caça às baleias, comemorou a decisão da ONU:
“Ainda que a decisão tenha sido imposta ao governo japonês por força, o fato é que milhares de baleias poderão agora nadar em paz em águas Antárticas sem serem covardemente assassinadas para servir ao paladar humano.” – disse George.
O juiz que presidiu o caso, Peter Tomka, disse durante a divulgação da decisão que o programa japonês de caça às baleias matou mais de 3.600 animais nos últimos anos mas apresentou resultados científicos limitados. As razões da caça eram políticas e econômicas, segundo a conclusão da Corte Internacional.
Através de coletiva de imprensa, o governo japonês lamentou a decisão mas garantiu que vai obedecer a ordem. Como em outras situações o Japão se mostrou inclinado a desobedecer leis internacionais para caçar baleias, os ativistas continuarão monitorando.
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