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Sucesso de maionese saudável faz fabricante da Hellmann’s processar empresa vegana

Maionese mais gostosa e saudável.


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A Unilever, multinacional detentora de diversas marcas famosas no mundo inteiro como Kibon (sorvetes), Ades (leites de soja, sucos), Omo (sabão em pó), Becel (margarina/creme vegetal), Arisco (diversos) e Seda (xampu), entre outras, está processando uma empresa vegana. A multinacional, que também fabrica a maionese Hellmann’s, é conhecida por testar seus produtos e aditivos químicos em animais e agora assumiu uma briga contra um produto revolucionário que tem apoio de boa parte dos norte-americanos.

A Just Mayo, da empresa Hampton Creek, é uma maionese livre de ingredientes de origem animal e com ervilhas amarelas no lugar dos ovos, tradicionais na receita de maionese. Com apoio de nomes conhecidos como Bill Gates, a Hampton Creek desenvolveu uma maionese não só saudável, mas também deliciosa, a ponto de ganhar a atenção de consumidores e profissionais da gastronomia.

O chef e celebridade Andrew Zimmern, por exemplo, já declarou que prefere a Just Mayo do que a Hellmann’s. E ele afirma que é pelo sabor e não apenas por ser mais saudável. Curiosamente, Andrew não é vegetariano ou tem qualquer ligação com o movimento de direitos animais. Boa parte dos consumidores têm a mesma opinião de Andrew e a Just Mayo cresceu absurdamente nos últimos meses, o que claramente incomodou a Unilever.

Em um processo movido na justiça norte-americana, a Unilever alega formalmente que a Just Mayo está interferindo nas vendas da Hellmann’s e atribui isso ao fato do rótulo do produto vegano ter um ovo branco quebrado por uma planta. Segundo a gigante multinacional, isso tem motivado os consumidores a, de forma inconsciente, comprar a maionese de ervilha achando que é feita de ovos. É óbvio que ninguém procura uma maionese que tenha ovos. O consumidor procura o produto melhor, independentemente se tem ovos ou não. Mas a Unilever acha que os consumidores estão sendo enganados, o que mostra que a empresa subestima a inteligência da população. A fabricante da Hellmann’s afirma ainda que a definição de maionese, segundo os órgãos oficiais dos Estados Unidos, contempla ovos na receita.

Uma famosa advogada norte-americana especializada em políticas alimentares, Michele Simon, joga a favor da empresa menor, lembrando que a definição de maionese foi criada em 1957 e que precisa ser reavaliada. “A Hampton Creek não tem culpa se a inovação avança mais rapidamente do que a regulamentação federal. Isso é dado como certo em quase todas as indústrias impulsionadas pela tecnologia.” – publicou Michele em seu blog.

O fato é que o incômodo notório assumido pela Unilever confirma uma tendência mundial fortíssima em relação aos produtos livres de ingredientes de origem animal. São mais seguros – já que têm menos chances de estarem contaminados com coliformes ou bactérias como a salmonela –, mais éticos e sustentáveis, não são mais caros (ou estão caminhando para isso) e têm muitas chances de serem mais saborosos, como é o caso da Just Mayo. Por diversos motivos, produtos veganos tendem a continuar incomodando as grandes corporações.

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