Após caso de Cecil, maiores empresas aéreas dos EUA proíbem transporte de animais caçados
Dificultando a caça.
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A triste notícia do assassinato do leão Cecil trouxe ao menos uma boa notícia. Após toda a polêmica envolvendo o caso e os inúmeros protestos e reportagens contra o dentista norte-americano Walter Palmer, as três maiores companhias aéreas dos Estados Unidos resolveram proibir o transporte de troféus de caça.
As empresas American Airlines, Delta Airlines e United Airlines divulgaram comunicados semelhantes informando que não permitem mais o transporte de leões, leopardos, elefantes, rinocerontes e búfalos caçados. Esses animais são conhecidos como The Big Five (Os 5 Grandes) e são os preferidos dos caçadores que pagam fortunas para matar esses animais e levar pedaços deles como troféus.
A Delta Airlines, única com vôo direto entre EUA e Johannesburg, adiantou que vai revisar suas políticas em relação aos outros animais não citados na lista preliminar. Apesar do passo importante, ativistas pelos direitos dos animais esperam que as empresas proíbam todas as espécies caçadas em seus aviões.
O leão Cecil era um ícone do Zimbábue e vivia em uma região de reserva onde a caça é proibida. O dentista Walter Palmer contratou dois guias locais que amarraram uma isca em um automóvel e a arrastaram para atrair o leão para fora da área de reserva onde, teoricamente, ele poderia ser caçado legalmente.
Palmer acertou uma flecha especial para caçadas em Cecil e iniciou uma perseguição que durou mais de 40 horas. O animal agonizou e tentou fugir por todo esse tempo até que, enfim, foi assassinado a tiros. A pele e a cabeça de Cecil foram arrancadas como troféu. Palmer gastou mais de R$ 300 mil com a brincadeira sangrenta que alguns chamam de esporte.
Se o caso acontecesse hoje, Palmer teria sérios problemas para conseguir transportar seus troféus macabros. A atitude das companhias aéreas foi bem recebida pelo público e deve ajudar a diminuir o cruel turismo de caça na África.
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