Bois de São José: resgate já se arrasta por dias – ativistas ficam mais de 72 horas sem dormir
Além das dificuldades do trabalho, os ativistas levaram um grande trote financeiro.
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Links importantes:
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ATUALIZAÇÃO EM 31/10/2016 ÀS 08H57: até o momento, o trabalho continua. Já é sexto dia de luta desde que tudo começou.
Desde o início da tarde da última quarta-feira (26), quando publicamos a primeira matéria sobre o caso dos bois abandonados em São José-SC (relembre aqui), o trabalho não para. Há ativistas sem dormir há mais de 72 horas e muitos outros virando 24, 30 horas sem parar.
Na noite da sexta-feira (28), os ativistas conseguiram uma liminar na Justiça para resgatar os animais (relembre aqui). Desde a manhã do sábado (29), o trabalho é intenso, insano. Capturar e colocar em caminhões dezenas de bois não é tarefa fácil. Quando falta experiência nesse tipo de trabalho e há ainda um terreno parcialmente inundado e animais que mal conseguem levantar por conta da inanição, a coisa piora muito.
Até o fechamento desta matéria, 22 animais haviam sido efetivamente resgatados e realojados em um lar temporário em um município vizinho a São José, região metropolitana de Florianópolis, em Santa Catarina.
O trote financeiro
Uma arrecadação on-line foi criada para juntar os recursos financeiros necessários para pagar todos os custos do resgate, que incluem caminhões, alimentação e medicamentos para a boiada (doe aqui). No site da Vakinha, onde foi centralizada a arrecadação, consta R$ 42.675,00 para serem compensados. Somados aos quase R$ 6.000,00 já garantidos, doados com cartão de crédito, o dinheiro serviria para cuidar dos animais por alguns meses.
Mas, infelizmente, foi um trote. Alguém muito insensível entrou no link da campanha com um e-mail falso e fez duas doações de R$ 20.000,00 por boleto bancário, que não é averiguado na hora pelo site. Por isso, o grande valor consta no link, até afastando possíveis doadores que podem imaginar que já há dinheiro suficiente.
Até o momento todo o dinheiro gasto na ação saiu do bolso dos ativistas, mas o intento deve ser encarado com uma vitória para toda a causa animal. Espera-se mais participação no local e também com doações de qualquer valor.
Pela primeira vez no Brasil a Justiça determina que um pecuarista entregue seus animais explorados. Isso deve ser comemorado, mas há consequência óbvias de se fazer um resgate desses sem poder aquisitivo.
Precisa-se de médicos-veterinários de animais de grande porte
Uma das maiores necessidades nesse momento é de médicos-veterinários especializados em animais de grande porte. Quem puder ajudar de qualquer forma deve entrar em contato pelo WhatsApp (51) 9248-3395 (há uma ativista de plantão para filtrar os contatos).
O que você pode fazer para ajudar
Este é o momento em que os custos da operação começam a aparecer de forma mais pesada. Até então, todo o dinheiro necessário para ajudar os animais foi levantado entre os próprios ativistas. Na manhã desta sexta-feira (28), por exemplo, um caminhão com 1 tonelada de feno foi levada para a boiada.
Quem puder doar qualquer valor pode utilizar o link da Vakinha On-line que foi criada e está sendo gerenciada por uma ativista que está participando da ação localmente (doe aqui).
A mesma ativista disponibilizou sua conta pessoal para quem puder depositar ou transferir. A Vakinha On-line demora 14 dias para repassar os recursos, por isso, o depósito na conta é preferível:
GEORGIA PAULA MARTINS FAUST
CAIXA ECONÔMICA
AG: 1924
OP: 013
POUP: 25404-3
CPF: 032.751.569-42
Para a vigília na madrugada desta sexta-feira (28) é necessário muitas pessoas. Quem puder passar a noite por lá para apoiar o grupo, é bem-vindo. Quem preferir pode ir ao local às 6 horas da manhã do sábado (29) para ajudar no manejo e transporte dos animais para o lar temporário. A localização está em “Serviço”, abaixo.
Veja como estão os animais já resgatados
Assista a dois vídeos gravados neste domingo (30) que mostram o lar temporário onde estão os 22 animais retirados do terreno onde estavam morrendo. Lá eles estão recebendo os primeiros socorros e alimentação de forma adequada. Mas, infelizmente, alguns animais não resistiram e a luta para manter os outros vivos é grande, conforme você pode conferir nos vídeos.
Mais informações sobre o caso a qualquer momento aqui no Vista-se.
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