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Especialistas da ONU afirmam que a carne deve receber mais taxas para desencorajar o consumo

O valor cobrado pela carne não inclui a degradação ambiental.


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Em um congresso sobre meio ambiente realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) há algumas semanas em Nairóbi, no Quênia, a fala de um especialista chamou a atenção.

O professor Maarten Hajer, da Holanda, afirmou que a produção de carne deveria ser taxada para aumentar o preço final nos supermercados. Embora seja uma afirmação muito impopular, é completamente embasada.

Segundo Hajer, se a pecuária não recebesse tantos incentivos e fosse realmente taxada da forma correta, o preço seria muito mais alto para o consumidor, desencorajando o consumo do produto. Hajer, que é autor de estudos para a ONU sobre os impactos da alimentação no futuro do planeta, se preocupa principalmente com os mercados emergentes.

“Se todos nos alimentássemos com carne no padrão da América do Norte ou da Europa, o planeta estaria com sérios problemas.” – afirmou Hajer ao jornal britânico The Guardian (leia aqui, em inglês). Isso porque a produção de carne e de outros produtos de origem animal é a principal causa das emissões de gases do efeito estufa, entre outros problemas.

Os dados mostram que países como a China, o Brasil e outras nações consideradas emergentes tendem a consumir mais carne. Esse aumento na demanda mundial poderia ser barrado por um preço mais alto nas carnes e uma diminuição de valor nos alimentos vegetais.

Outro especialista em meio ambiente da ONU, o esloveno Janez Potočnik, foi ainda mais enfático sobre o assunto. “Lidar com as escolhas do consumidor é uma questão realmente delicada, mas é preciso lidar com isso, porque haverá consequências. Está chegando o momento em que não será mais possível esconder isso embaixo do tapete.” – disse Janez.

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