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Jornal El País destaca limitações ambientais que tornam o consumo de carne algo inviável

Ruim para os animais, para a saúde e também para o meio ambiente.


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Um dos principais jornais da Espanha, o El País, publicou nessa quinta-feira (29) em seu portal uma matéria sobre a relação entre a produção de carne e o meio ambiente (veja aqui). Instigado pelo alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o consumo de carne (relembre aqui), o periódico ouviu especialistas sobre o mal que tal hábito ocasiona também ao meio ambiente.

Vários fatores entram na conta do prejuízo da pecuária ao meio ambiente. Da água utilizada no cultivo de grãos que irão para os animais até a água que lava o sangue deles na ponta final da esteira que transforma os animais em meros pedaços de carne. A superfície de terra ocupada por pastagens e os gases do efeito estufa emitidos pelos animais são outros itens importantes da lista.

Para produzir apenas 1 quilo de proteína bovina, a indústria gasta de 10 a 16 quilos de cereais. É muita soja, milho e outros alimentos que poderiam alimentar pessoas diretamente, gerando muito menos impacto ambiental. “Produzir carne é algo muito custoso, e seria mais eficiente alimentar as pessoas com os cereais que se destinam à engordar o gado. Para produzir um filé de 200 gramas, são necessários cerca de 45 bacias de cereais.” – resume Laura Ordóñez, cientista ambiental e professora da Escola Internacional de Naturopatia, na Espanha.

Raúl García Valdés, professor de ecologia da Universidade Autônoma de Barcelona, destacou também a questão dos resíduos (fezes, urina, sangue etc) produzidos pelos animais durante sua vida até a hora do abate. O problema fica bem evidente nas granjas de porcos, por exemplo. A contaminação prejudica o solo e as fontes subterrâneas de água.

Ainda segundo a reportagem do El País, 80% da população mundial não demanda muita carne ou produtos lácteos. Mas à medida que as condições socioeconômicas se elevam nos países em desenvolvimento, a demanda por esses produtos aumenta. Apenas se os mais de 1 bilhão de chineses mudarem seus hábitos para um padrão mais ocidental de alimentação, não se sabe se haverá recursos naturais para produzir produtos de origem animal suficientes.

Essa mudança pode acontecer – e tende a acontecer – em diversos outros países, levando os especialistas a concluírem que o planeta não suportará a pressão por consumo de carne em pouco tempo.

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