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Novas imagens da tragédia com 5.000 bois no Pará e depoimento de ativista que esteve lá

Acidente também ocasionou problemas ambientais.


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Conforme noticiamos (relembre aqui), um navio de 117 metros de comprimento (tamanho de um campo de futebol) carregado com 5.000 bois vivos afundou no Pará. O acidente ocorreu na manhã dessa terça-feira (6).

Detalhes da tragédia começaram a vir à tona nesta quarta-feira (7) com novas reportagens da TV local (assista aqui) e com um depoimento emocionado de Olinda Cardias, ativista pelos direitos dos animais e servidora do IBAMA.

Aos 60 anos, Olinda – que é também presidente Fórum Permanente de Proteção e Defesa Animal do Pará –, disse em sua página no Facebook (veja aqui) que nunca havia presenciado tamanha barbaridade. Ela esteve no local e era uma das únicas pessoas que estavam ali para tentar ajudar os bois. Infelizmente, ela não conseguiu fazer nada além de observar.

“Em 6 anos de trabalho como servidora do IBAMA, este foi o pior dia da minha vida. Do ser humano: descaso, negligência, crueldade, irresponsabilidade, covardia. Dos animais: desespero, dor, vítimas agonizando.

Os últimos bois vivos presos sob as grades da lateral da embarcação foram deixados para morrer, só esperando a maré subir e afogar os remanescestes. Ribeirinhos tentando matar os animais com facões, batendo em suas cabeças e tentando puxar os sobreviventes para a água para afogá-los. Os únicos que conseguiram atravessar o rio foram recebidos com a morte: ribeirinhos com facões em mãos.

Empresas responsáveis suspendendo o resgate, já tardio, das últimas vítimas. Corpo de Bombeiros negando resgate. Vidas abandonadas. O ser humano é a espécie mais podre da face da terra. Podre. Alguém duvida que o inferno existe?! Hoje tive uma boa amostra dele bem debaixo dos meus olhos.” – relatou Olinda.

Além de ser um dos mais expressivos acidentes envolvendo animais no Brasil, o naufrágio do navio de bandeira libanesa nas águas da Vila do Conde pode se tornar uma catástrofe também para o meio ambiente. A embarcação afundou com 700 toneladas de combustível. Uma grande mancha preta tomou conta da água no local do acidente e já chegou à areia, obrigando a prefeitura de Barcarena a interditar a Praia do Conde.

Segundo a imprensa local, mergulhadores de outros estados, especialistas nesse tipo de situação, chegaram ao Pará para estudar como será feita a remoção dos corpos dos milhares de bois que ficaram presos no navio e também do combustível.

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