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Por demorar em uma loja Americanas Express lendo rótulos, vegano é confundido com bandido

Caso aconteceu em um bairro nobre de São Paulo.


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Todos os veganos costumam gastar mais tempo lendo rótulos do que os consumidores que não são veganos. O costume serve para garantir que o produto comprado não tenha nada de origem animal na lista de ingredientes.

Mas para o paulistano João Henrique de Abreu, o hábito de ler os rótulos rendeu um grande susto nessa terça-feira (27). João trabalha com comunicação visual e fez um trabalho em uma loja de óculos em Moema, região nobre da Zona Sul de São Paulo.

Acompanhado do irmão e de um ajudante, João se dirigiu até a loja Americanas Express (Av. Indianápolis, 440 – Moema – São Paulo-SP) para comparar algum petisco para comer, pois estavam todos com fome após um dia todo de trabalho. Como sempre faz, João ficou na loja por cerca de 10 minutos lendo rótulos e indo de uma gôndola para a outra para achar alguns biscoitos para comprar.

Ao efetuar a compra e sair da loja, João e os dois acompanhantes viram policiais da ROTA – um grupo de ronda ostensiva da Polícia Militar – entrarem fortemente armados na loja. “Por um momento fiquei aliviado, pois havia acabado de sair da loja. Pensei que estava acontecendo um assalto.” – disse João, em entrevista ao Vista-se na tarde desta quarta-feira (28).

João entrou em seu carro que estava estacionado do outro lado da avenida com o irmão e o funcionário. Os policiais da ROTA foram embora e na sequência chegaram várias viaturas da Polícia Militar. “Fomos abordados com armas na cara e palavras de ordem como se fôssemos bandidos.” – contou João.

Um dos policiais fotografou João, o irmão e o ajudante e entrou na loja para mostrar a imagem à balconista. Voltou dizendo: “são eles mesmos!”. Após muito constrangimento no meio de uma das avenidas mais movimentadas de São Paulo, os policiais concluíram que foi tudo um engano.

A loja foi assaltada várias vezes e, por isso, a balconista achou que se tratava de uma nova investida de bandidos e acionou a polícia.

O tempo que ele ficou dentro da loja lendo rótulos e o fato de seu ajudante ser negro devem ter influenciado na conclusão da balconista, acredita João. Outro fator levantado por ele que pode ter levado a balconista a concluir que eles eram assaltantes é o fato dos três estarem vestindo roupas simples, de trabalho, em um bairro nobre de São Paulo.

Nos comentários de seu depoimento sobre o caso publicado no Facebook (veja aqui), João está sendo encorajado por amigos a processar a Lojas Americanas por danos morais.

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