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Rio: sem verba para comprar ração, universidade pretende matar emas usadas em pesquisa

As pesquisas da UENF são feitas em parceria com pecuaristas.


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A Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) confirmou que vai matar alguns de seus animais usados em estudos no campus que fica em Campos dos Goytacazes, região norte do estado do Rio de Janeiro.

Há 3 meses, o Estado não repassa a verba para a empresa que fornece a ração para os animais e são os próprios professores que têm bancado a alimentação das emas e emus. A UENF tem 88 animais entre emas e emus. Emus são parentes próximos das emas, de origem australiana. Enquanto a ema é a maior ave brasileira, o emu é a maior ave da Austrália.

Esses animais começaram a ser reproduzidos na UENF para pesquisas em favor da indústria pecuária, para estudar a viabilidade da introdução deles na região. Uma matéria em vídeo sobre o caso foi publicada pela Inter TV, afiliada local da Rede Globo (assista aqui).

No fim do vídeo, a professora e pesquisadora da UENF Adriana Jardim deixa claro que a universidade tem interesse em fazer parcerias com criadores e pecuaristas. Ela afirma que a UENF tem locais para fazer a reprodução das emas e emus e, com isso, ajudar na criação desses animais para o abate e venda da carne.

Os professores e pesquisadores da UENF pretendiam abater os animais para estudá-los no fim de 2017. Então, de qualquer forma, o objetivo final da pesquisa seria matar as emas e emus, como acontece com quase todas as pesquisas que envolvem animais.

Os pesquisadores da UENF estão dispostos a doar alguns animais para que não seja necessária a antecipação do abate, mas os interessados precisam ter licença do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) para criar esse tipo de espécie. Não se tem notícia de santuários que possuam uma licença tão específica, então, caso os animais consigam ser doados, irão provavelmente parar em alguma fazenda de criação de emas e emus para corte e acabarão mortos também.

Sem muita perspectiva para uma solução digna para esses animais, nos resta lembrar que a raiz do problema está na exploração de qualquer espécie em benefício do ser humano. Seja no ensino, na indústria ou em qualquer outro segmento. É importante ter isso em mente se não quisermos ver outros casos parecidos.

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