Veja o antes e depois de um gatinho salvo quando estava prestes a virar comida na China

Anualmente, milhares de animais são mortos para consumo humano no Yulin Dog Eating Festival (Festival da Carne de Cachorro de Yulin), na China. Apesar do nome sugerir que apenas cães façam parte do cardápio do evento, gatos também são assassinados aos milhares.

Em 2015, como em todos os anos anteriores, vários ativistas pelos direitos dos animais desembarcaram na cidade de Yulin para tentar impedir o festival ou, ao menos, salvar alguns animais. Com ajuda de ativistas chineses que são contra a matança, a ONG Humane Society International (HSI) conseguiu retirar alguns cachorros e gatos que estavam na fila para a morte.

Apavorado, um gatinho branco com uma pinta preta na orelha direita chamou a atenção de um dos ativistas que registrava imagens da matança. Como na região não é crime matar animais, mesmo que seja em via pública, os ativistas não podem fazer muito mais do que fotografar e tentar retirar algumas vítimas. As fotos servem para, posteriormente, surgirem campanhas e denúncias sobre o evento.

Junto com alguns cães e outros gatos, o tal gatinho branco foi retirado de dentro do local do abate. Assim como os demais que não tiveram a mesma sorte, ele seria morto com pedaços de pau e facas. O gatinho recebeu o nome de Huru e se tornou um símbolo da luta contra o festival de Yulin. Na última quarta-feira (19), Huru chegou aos EUA onde tem recebido carinho, abrigo e comida.

A transformação algumas semanas após o resgate é quase inacreditável. O olhar amedrontado e o pelo todo molhado e sujo deram lugar a uma calma de dar sono e um pelo limpo, fofo e brilhante.

É importante enfatizar que o povo chinês não é o que mais mata animais no mundo. Graças à nossa política de exportação de carne e outros produtos de origem animal e o elevado consumo interno, temos o maior rebanho bovino comercial do mundo. A pecuária brasileira mata legalmente 1 boi, 1 porco e 179 frangos por segundo. Você não leu errado, é por segundo mesmo e os dados são do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (veja aqui).

Portanto, antes de sair xingando os chineses, use a história de Huru para aprender que nós temos muita lição de casa para fazer. Na China, como no Brasil, existem muitas pessoas lutando para que a matança de animais pare. Você pode ajudar escolhendo não consumir produtos de origem animal. Saiba como em www.sejavegano.com.br.

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